O amanhecer chegou arrastado, cinza, e o hospital parecia respirar devagar, como se o mundo inteiro esperasse a próxima ordem de Rose Almeida.
Ela não dormira. Ficou a noite toda no corredor, de pé, assistindo Pedro respirar por entre fios e curativos, o corpo marcado, mas vivo.
Quando o médico saiu da sala e disse que o estado dele era estável, Rose finalmente relaxou os ombros — só por um instante.
Henrique apareceu logo depois, trazendo o celular com a tela iluminada.
— A PF interceptou comunicações da Sophia. O navio dela realmente zarpou de Santos e foi rastreado até o Atlântico Sul. Ela tem ajuda, Rose. — ele disse, abrindo o mapa.
Rose cruzou os braços.
— Quem?
— Um tal de Sergei, nome falso, passaporte russo. Especialista em transferências ilegais.
Rose assentiu lentamente. — Então ela não fugiu pra se esconder. Fugiu pra negociar.
Henrique suspirou, jogando o corpo na cadeira. — Isso tá ficando grande demais. A gente pode acionar a Interpol, mas vai precisar de provas.
Ela se