O salão brilhava sob as luzes douradas dos lustres.
O ar cheirava a perfume caro, taças de champanhe e tensão velada.
Centenas de convidados — políticos, empresários, socialites — dançavam o teatro da elegância enquanto jornalistas se amontoavam perto do palco, esperando o pronunciamento do novo presidente da Nascer Enterprise.
Pedro estava no centro de tudo.
Terno preto impecável, gravata escura, o sorriso treinado de quem nascera para os holofotes.
Mas os olhos… os olhos só procuravam uma pessoa.
Rose.
O vestido azul-profundo que ela usava parecia desenhado pelo próprio destino: elegante, mas com a força de quem nunca foi coadjuvante.
Ela se movia entre os convidados com a postura de profissional — mas Pedro via o que os outros não viam.
Cada passo dela era um controle perfeito de emoção.
Cada gesto, uma forma disfarçada de protegê-lo.
E ele sabia: aquela mulher carregava no olhar tudo o que o mantinha em pé.
O mestre de cerimônias anunciou:
— Com vocês, o novo presidente da Nascer