O helicóptero rugia sobre o campo da mansão, as pás girando com força suficiente para transformar o vento em vendaval.
Rose manteve o olhar firme, os cabelos voando, a mão segurando o blazer que insistia em se soltar.
Pedro, por outro lado, parecia no auge do controle — óculos escuros, sorriso convencido, e aquela aura de quem tinha o mundo inteiro nas mãos.
— Vai me dizer pra onde estamos indo? — ela gritou por cima do barulho das hélices.
Ele apenas inclinou o corpo, os lábios quase roçando o ouvido dela.
— Surpresa.
Rose bufou, mas o arrepio que percorreu a nuca não teve nada a ver com o vento.
Ela subiu primeiro, o corpo tenso. Pedro veio logo atrás e, quando se sentou ao lado dela, a distância entre os dois parecia mínima demais para ser acidental.
O piloto fez o sinal de decolagem. O helicóptero subiu, sacudindo o chão sob eles.
Rose olhou pela janela — os jardins diminuindo, a mansão ficando minúscula, o mundo se tornando uma aquarela de verde e dourado.
Pedro observava outra p