Os olhos de Léo, que me olhavam com tanto medo e preocupação, agora perdiam a força. As pálpebras pesadas, a luta para mantê-los abertos... e então, eles se fecharam. Eu estava em pânico, chorava, soluçava, uma dor no peito que parecia esmagar meu coração. Tentei me aproximar, mas os paramédicos agiam rapidamente, com urgência.
Ele já estava na maca quando o colocaram em uma ambulância. O seu funcionário, que eu reconheci como um dos mecânicos da equipe, me colocou em um carro. A sua voz era baixa, tentando me acalmar, mas eu não conseguia ouvir nada além do som das sirenes e o meu próprio choro. O desespero, o pânico, a incerteza… tudo isso se misturava em um turbilhão de emoções.
Quando chegamos ao hospital, Léo já havia dado entrada. A recepção estava cheia, o som dos telefones tocando, as pessoas correndo de um lado para o outro... tudo era um borrão. Fred, que foi quem me levou até lá, pediu informações.
"Só falaram que Leonardo Montenegro estava entrando na cirurgia", ele m