Aquele homem imponente, que parecia ter o mundo nas mãos, estava ali, parecendo vulnerável. O seu olhar distante e perdido, que antes me intrigava, agora me comovia. Me sentei ao seu lado, pegando sua mão, e o toque dele me pareceu diferente. Não era o toque de um magnata, mas o de um homem machucado.
— Você vai conseguir algo muito maior, falei, a voz suave, tentando dar a ele a esperança que ele parecia ter perdido.
Ele colocou uma de suas mãos na minha barriga, que ainda não aparecia, e me agradeceu. A gratidão em sua voz me atingiu em cheio.
— Eu estava mesmo perdendo as esperanças. Anos da minha vida jogados fora, um estudo à toa.
A dor dele, a sua vulnerabilidade, me fizeram esquecer por um momento que o nosso relacionamento era um acordo. Eu vi nele não o magnata, mas o homem que estava perdido, que tinha sido traído. E, por mais que a situação fosse surreal, eu me senti conectada a ele, por uma dor que ambos compartilhávamos. A traição, a decepção, a perda. Tudo isso nos unia,