Saímos do consultório e voltamos para o meu apartamento. O som do coração do nosso filho ainda ecoava em minha mente, e a emoção era palpável. Léo, ao meu lado, pegou minha mão enquanto dirigia.
— Eu estou feliz — ele falou, desviando o olhar da estrada por um segundo para me olhar.
A sua felicidade me contagiou, e um sorriso sincero se formou em meus lábios. Chegando ao meu apartamento, ele falou que, infelizmente, precisava ir.
— Preciso ir até a propriedade da Itália resolver algumas coisas e ver com meus olhos como andam as coisas lá. Mas até o fim de semana estarei de volta para te levar para a serra gaúcha.
— Tudo bem — respondi, tentando disfarçar a decepção.
— Vai me avisando como você está — ele falou, a voz mais suave.
— Ok — respondi, e ele me deu um beijo na testa, o gesto me fazendo sentir um nó na garganta.
Ele saiu, e mais uma vez, a solidão se instalou em meu apartamento. O som do coração do bebê e a sua preocupação ainda estavam ali, mas a sua ausência era notável. A