A noite estava mais densa do que Samuel imaginava. O peso das palavras de Isadora pairava no ar, e seu coração pulsava descompassado, tentando lidar com a avalanche de informações que ele mal conseguia processar. A revelação sobre a saúde de sua mãe e os segredos que pareciam estar enterrados há tanto tempo o deixavam confuso e agoniado. Tudo o que ele queria era encontrar alguma clareza, uma direção para suas emoções conflitantes.
Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, enquanto a tensão no ambiente parecia aumentar. Samuel olhava para sua irmã, tentando entender suas intenções, mas havia algo em seu rosto que ele nunca tinha visto antes: uma mistura de dor e culpa. Ele sabia que a última coisa que ela queria era causar mais sofrimento, mas a verdade estava à sua frente, e ela parecia disposta a compartilhá-la.
Finalmente, Samuel quebrou o silêncio, sua voz baixa, mas firme:
— Por que você não me contou antes? — perguntou, sentindo o peso da pergunta atravessar suas palavras.