Estela
A luz do abajur era suave, lançando sombras quentes pela parede do quarto. Luiza já dormia no berço, com as mãozinhas abertas em total rendição ao sono.
Estávamos deitados, eu e Guilherme, abraçados sob o lençol. As pernas entrelaçadas, os corpos relaxados depois de um dia intenso, e as mãos dele acariciando meu braço em um carinho lento, distraído, gostoso.
— A gente precisa começar a organizar nosso casamento, eu disse de repente, sem nem pensar.
Mas era verdade. Já estávamos vivendo como marido e mulher… mas eu queria o momento. Queria ele de terno. Queria prometer pra sempre com olhos marejados.
Queria dizer sim.
— Precisa mesmo, ele respondeu com um suspiro sorridente. — Já tô até vendo a minha bonequinha vindo ao meu encontro no altar.
Sorri, virando o rosto pra encará-lo.
— Não quero nada exagerado. Nada de salões chiques e cerimônias cheias de pose. Quero uma cerimônia simples, na fazenda, com nossos amigos mais próximos. Família. Coração.
— Vai ser perfeito ele disse,