Andréia
O quarto ainda tinha aquele cheiro de novo, mas o que realmente me envolvia era o calor do corpo de Gustavo, firme contra o meu. Eu estava deitada em seu peito, ouvindo as batidas compassadas do coração dele, como se fossem um lembrete silencioso de que agora eu estava segura.
— Bom dia, minha joia… ele murmurou, a voz rouca de sono, deslizando a mão em meus cabelos.
Sorri sem levantar a cabeça.
— Bom dia… parece mentira acordar aqui.
Ele riu baixo, beijando minha testa.
— Acostume-se, porque a partir de hoje será sempre assim.
Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu com um estrondo. Henrique entrou correndo, descalço, os cabelos bagunçados.
— Mãe! Gustavo! Vocês já viram a vista daqui de cima de manhã? Dá pra ver até o parque! ele exclamou, ofegante de tanta empolgação.
Eu e Gustavo trocamos um olhar cúmplice, rindo da euforia dele. Henrique parecia estar descobrindo um mundo novo a cada minuto.
— Já está virando Hokage logo cedo, hein? Gustavo brincou, bagunçand