Andréia
Assim que desci do carro, minhas pernas estavam trêmulas. Meu corpo ainda sentia os efeitos da noite anterior. O beijo dele... a forma como me tocou, como me olhou. Tudo ficou gravado em mim, como se ele tivesse marcado minha pele.
Por mais que eu tente negar, por mais que o medo ainda grite dentro de mim... meu corpo o deseja.
Eu desejo.
E mesmo com todas as barreiras que criei, não posso esconder de mim mesma: minha intimidade estava molhada. Só de lembrar, de reviver, meu corpo responde.
Isso me assusta. Mas também me faz sentir viva.
Tomei um banho tentando esfriar a cabeça, deitei ainda com o coração acelerado... e adormeci sorrindo, pensando no beijo do homem que eu sempre desejei.
Acordei com a luz da manhã invadindo o quarto, e uma paz gostosa no peito. Era como se tudo fizesse sentido.
Ouvi uma leve batida na porta.
— Quem é? perguntei, ainda deitada.
— Serviço de quarto disse uma voz suave do outro lado.
Levantei, abri a porta e vi a bandeja de café da manhã lindam