Kate segurava Luna nos braços, sentindo o peso esmagador da dor da amiga. Se pudesse, pegaria para si. O quarto parecia congelado no tempo, como se o mundo inteiro tivesse parado apenas para testemunhar o luto de uma mãe que acabara de perder parte de sua alma. O silêncio era cortante, interrompido apenas pelos soluços quebrados de Luna, que tremia como uma folha frágil ao vento.
Kate apertou os lábios, lutando contra as próprias lágrimas. O sofrimento de Luna era o tipo de dor que não se traduzia em palavras, não se media em gestos. Era um abismo escuro e sem fundo. Ela sabia que não havia nada que pudesse dizer para fazê-la emergir de lá tão cedo. Mesmo assim, ela precisava tentar.
Com cuidado, afastou-se levemente e segurou o rosto de Luna entre as mãos, forçando-a olhar para ela.
— Luna… — sua voz era suave, mas firme, carregada de todo o amor e força que sendo sua melhor amiga, precisava transmitir naquele momento. — Eu sei que agora, tudo parece insuportável. Sei que a dor pare