O sol ainda se espreguiçava no céu, tingindo o horizonte com tons de ouro e pêssego, quando Jacob desceu as escadas em silêncio, descalço, com os cabelos revoltos e o olhar leve. Havia algo em sua expressão — algo que só se via em homens que carregam no peito a certeza de que estão exatamente onde deveriam estar.
A casa estava mergulhada em um sossego raro, que só se encontra depois de uma noite intensa e de amor completo. Um silêncio que respirava, que se movia com a brisa morna que atravessava as janelas abertas. O aroma do leite materno ainda pairava no ar, misturado ao perfume discreto de lavanda que Luna usava no travesseiro.
Benjamim dormia outra vez, embriagado de leite e amor, aninhado nos braços da mãe que agora o ninava suavemente na poltrona do quarto. Luna estava envolta por um robe claro, com o cabelo preso de forma displicente e um brilho no rosto que só os deuses entendem, o brilho de uma mulher plena, transbordando maternidade, amor… e paz.
Jacob caminhou até a cozinha