Luna ficou sozinha novamente. O vazio ao seu redor parecia aumentar, a dor em seu peito era sufocante. Sua alma gritava por seus filhos, o silêncio do quarto devolvia apenas a angústia.
Ela fechou os olhos, tentando encontrar um fragmento de paz, mas tudo o que encontrou foi a imagem dos dois pequeninos que carregou por meses, movendo-se dentro dela, respondendo ao seu toque, ao seu amor. Agora, ela não podia senti-los. Não podia ouvi-los. Apenas o eco da sua dor preenchia o espaço vazio.
A chuva continuava a cair, pesada e implacável, como se refletisse a dor silenciosa que preenchia o hospital.
Luna estava deitada, imóvel, com o olhar fixo no teto branco. A porta do quarto se abriu suavemente e Kate entrou, estava encharcada, molhada da cabeça aos pés, os cabelos grudados no rosto, o casaco pingando no chão. Seus olhos estavam vermelhos, a expressão carregada de culpa.
— Luna… — sussurrou, a voz falhando.
Ao ouvir a voz da amiga, Luna virou o rosto lentamente, quando viu Kate para