A ponte ainda estava lá.
O mesmo corrimão enferrujado. O mesmo vento úmido das noites em que tudo parece pesar mais que o corpo e, curiosamente, o mesmo silêncio que carregava histórias não ditas.
Foi ali que Luna e Jacob se viram pela primeira vez.
Ela estava com os olhos marejados, os pés perigosamente próximos à beirada e o coração em ruínas. Ele, com a alma ferida por escolhas feitas, as quais ele não desejava. Quando viu a mulher debruçada na ponte, sem hesitar correu ao seu auxílio.
“Não faça isso!”
“Todos tem alguém, acredite, talvez ele ainda não tenha a encontrado..”
Ela não se jogou, não naquele dia.
O destino, no entanto, não é feito de linhas retas.
Ela desistiu de pular e ele nunca mais a viu depois daquele momento.
Até aquele sábado à noite naquela boate…
Numa despedida de solteiro que não tinha gosto de celebração, Jacob e Luna se reencontraram e se entregaram. Foi intenso, real, como se os corpos dissessem aquilo que as palavras ainda não sabiam pronunciar.
“É a m