Luara
Assim que o sol desapareceu no horizonte, deixamos a pensão. Para minha surpresa, a notícia da "escolhida" pareceu se espalhar rapidamente, e fui recebida por diversos vampiros curiosos e reverentes. Ganhei buquês de flores escuras e caixas de chocolates finos, acompanhados de bilhetes com votos de boa sorte e promessas de lealdade.
— Eles são uns fofos — comentei, abrindo uma caixa de bombons de chocolate amargo e lendo uma cartinha escrita em uma caligrafia elegante, adornada com pequenos corações desenhados à mão. Estávamos dentro do carro luxuoso de Eros, que dirigia em direção as montanhas imponentes que se erguiam na distância.
— Meus servos não são fofos, Luara. São seres poderosos, cruéis e letais — corrigiu Eros, sua voz grave e firme, sem desviar os olhos da estrada escura.
— Ah, mas escreveram até cartinha com corações! Isso é fofo, admita — insisti, saboreando um chocolate recheado com um creme licoroso.
Seguimos em silêncio por um tempo, a paisagem gradualmente se