Luara
— Conde, o senhor enlouqueceu de vez? Como poderia eu ser a chave para um apocalipse? Eu sequer entendo como tal coisa seria possível!
Eros suspirou, seu semblante dando lugar a uma estranha resignação.
— Não, Luara, você interpretou mal minhas palavras.
— Então, por favor, me ilumine — retruquei, a paciência esgotando-se.
— Solare Luna — começou ele, um brilho enigmático nos olhos — É uma antiga profecia romena. Significa "Sol Lua".
— E o que eu tenho a ver com isso? — Arqueei uma sobrancelha, confusa.
— Ainda não compreendo todos os detalhes — confessou Eros — Mas a profecia fala sobre o nascimento da chave para o fim da guerra. Essa chave se uniria a mim para trazer a paz.
— Eu sou essa chave? — Meu coração palpitou hesitante.
— Sim.
— E eu vou acabar com a guerra?
— É o que diz a profecia.
Uma risada histérica escapou dos meus lábios, incontrolável.
— Você realmente perdeu o juízo! Bruxas, profecias, sol, lua...
— Estou perfeitamente lúcido, Luara — insisti