Luara
O ar escapou quando ele se aproximou, cada passo ecoando um aviso de perigo. Meus músculos se retesaram, a respiração prendeu na garganta. Seus olhos, antes tão gentis, agora flamejavam em um vermelho faminto, fixos em mim com uma intensidade predatória.
— Luara, sai daqui agora! — Sua voz era um rosnado gutural, carregado de luta interna.
— Você não vai me machucar — sussurrei, uma tentativa frágil de conjurar a normalidade em meio ao terror crescente.
— Eu não estou conseguindo controlar — ele sibilou, os dentes levemente alongados a mostra. — Seu sangue é uma tentação para mim. Sai daqui, Lua!
— Meu amor, você consegue — implorei, estendendo a mão hesitante em sua direção.
— Se afasta agora! — O grito rasgou o silêncio, selvagem e desesperado. No mesmo instante, a porta do quarto foi arremessada contra a parede com um estrondo violento. A figura imponente do conde surgiu no vão, os olhos arregalados e preocupados.
Um rubor de vergonha me invadiu. Céus, Eros estava ali e