Luara
Cheguei no castelo e nem precisei bater nas grandes portas, elas se abriram automaticamente, como se já esperassem por mim.
Um dos servos se aproximou, sua expressão carrancuda de sempre. Eu já o conhecia de minhas inúmeras visitas frustradas ao castelo. Era um dos poucos vampiros gays da brigada. E sim, eu tinha certeza de sua orientação, apesar de sua fachada de vampiro machão, ele tinha seus momentos de deslizes.
— O que quer agora, humana? — Ele perguntou, o tom carregado de impaciência. Eu já devia ter feito umas treze visitas em vão durante as duas semanas desde que nos instalamos aqui.
— Falar com o conde. É urgente.
— Ele não atende sem hora marcada, e você já sabe disso, humana persistente.
— Acontece que ninguém parece disposto a marcar meu horário.
— Já explicamos inúmeras vezes que a agenda do conde está completamente lotada.
— E eu já expliquei inúmeras vezes que este é um caso de vida ou morte.
— Nenhum humano tem mais privilégios que outro aqui, Luara. Es