“Entre o peso da vingança e a doçura proibida de Luna, descobri que a guerra mais brutal não era contra meus inimigos, mas contra mim mesmo.” — Fernando Torrenegro
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A noite é sempre minha inimiga. Quando o silêncio toma conta da casa e não restam mais vozes para me distrair, só me sobra ela. Minha própria mente. E nela, o rosto da minha mãe ensanguentado, o corpo do meu pai caído no chão frio, o grito sufocado que me deixou órfão.
Castilho.
O nome ainda me queima na língua como veneno. Mas agora, no meio dessa escuridão, o nome dela também me queima.
Luna.
É a minha desgraça. A minha fraqueza e o meu tormento.
O beijo que compartilhei com ela me arruinou mais do que qualquer inimigo já foi capaz. Senti sua boca se rendendo à minha, e naquele instante eu não era o mafioso, o vingador, o homem frio que jurei ser. Eu era apenas um homem. Um homem que precisava dela.
E isso… isso me destrói.
Levantei da cama para fugir de mim mesmo. Peguei o whisky, acendi um charuto e encoste