“Entre a vingança que me sustenta e a mulher que me destrói, estou condenado a escolher o que mais me consome.” — Fernando Torrenegro
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Eu não devia ter dito aquilo. As palavras escaparam antes que pudesse contê-las, antes que minha mente fria e calculista filtrasse o que meu coração insistia em gritar.
“Você é a única coisa que pode me salvar de mim mesmo.”
...Ridículo.
...Fraco.
...Exposto.
Eu, Fernando Torrenegro Aízpuru, o homem que construiu um império sobre sangue e medo, reduzido a uma confissão sussurrada nos braços de uma mulher. Mas não de qualquer mulher. De Luna. Da filha do homem que destruiu a minha vida. A filha do inimigo que transformou meu sangue em veneno e minha alma em aço.
Eu deveria estar satisfeito. Deveria saborear o gosto da vitória cada vez que ela se rende ao toque da minha mão, cada vez que a vejo confiar em mim sem enxergar a fera que realmente sou. Era para isso que eu a trouxe. Para ferir, para punir, para esmagar Castilho naquilo que ele mais