“Entre a vingança que me sustenta e o amor que me destrói, eu escolho a dor de estar perdido em você.” — Fernando Torrenegro
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A respiração dela estava presa contra meu peito, os soluços contidos vibravam como pequenas lâminas que rasgavam cada defesa que ainda me restava.
Luna chorava em silêncio.
E eu, o homem que jurei não sentir, estava de joelhos diante do abismo que ela representava.
Revelar parte da verdade já tinha sido um erro. Mas segurar o resto... era covardia. E, no entanto, eu não conseguia soltar a última máscara. Não ainda.
Minha vingança sempre foi meu norte. O juramento gravado a sangue quando vi minha família despedaçada pelo homem que ela ainda chama de pai. Eu construí meu império sobre esse ódio. Ele me alimentou, me moldou e me tornou implacável.
Mas agora... ela.
Luna não era parte do plano. Nunca deveria ter sido. Mas a cada dia, a cada toque, a cada palavra... ela foi se tornando a rachadura no muro da minha fúria.
Passei os dedos pela linha delicada do ros