“A vingança sempre foi minha razão de viver. Até que ela apareceu. Agora, cada vez que penso em destruir Castilho, percebo que a bala pode atravessar primeiro o meu próprio coração.” — Fernando Torrenegro
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Caminhei pela casa como um animal enjaulado. Os corredores estavam mergulhados em silêncio, exceto pelo som distante dos rádios dos meus homens lá fora. Cada passo ecoava, lembrando que eu tinha me trancado na mesma prisão que construíra para ela. Desci até a sala, servi outro uísque, mas larguei o copo cheio na mesa. Nem beber eu conseguia. Minha cabeça não parava de girar em torno dela — e do maldito Castilho.
Ele. Sempre ele.
A sombra que perseguiu a minha vida inteira. O homem que me arrancou a minha família, território e sangue. Eu cresci jurando que destruiria cada pedaço que carregasse o nome dele. E agora, justo agora, a filha dele dormia sob o meu teto, com a respiração calma, como se não fosse o epicentro de todo o inferno que ardi dentro de mim.
Passei a mão pelos cabel