128 - Minha. Minha esposa. Minha Cristina.
CRISTINA SANTIAGO
O mundo girou quando ele me tirou do chão.
Não foi a vertigem da amnésia, nem a tontura da gravidez. Foi a vertigem de ser reivindicada.
O caminho até a cama foi curto, preenchido apenas pelo som de nossas respirações entrecortadas e pelo calor do corpo dele queimando através da renda da minha lingerie. Quando ele me depositou no colchão, não houve a gentileza excessiva das últimas semanas. O colchão afundou sob meu peso, e eu fiquei ali, deitada no meio daquela imensidão de lençóis, olhando para o homem que estava sobre mim.
O cabelo estava bagunçado pelas minhas mãos, os olhos escuros, dilatados, focados em mim com uma fome que só me fazia querer abrir as pernas e deixá-lo entrar.
— Ethan... — sussurrei.
As mãos dele, grandes e quentes, foram para o robe de seda que eu usava.
— Lentamente — ele murmurou, sua voz vibrando nos meus ossos. — Eu quero ver cada pedaço do que é meu.
Ele afastou o tecido com uma paciência que contradizia a ereção evidente em sua calça. O