ETHAN PETTERSON
Fechei a porta atrás de mim com cautela enquanto me perguntava se sair por ela não seria a escolha mais sensata.
— Você deveria estar dormindo — minha voz saiu baixa, rouca, irreconhecível.
Cristina não se moveu. Ela estava com as pernas cruzadas, um pé descalço balançando ritmicamente e segurava um livro no colo, mas estava fechado.
Ela levantou os olhos para mim. E o olhar...
Não havia a confusão da amnésia. Não havia o medo da manhã. Havia apenas uma determinação predatória. Os olhos dela estavam escuros, dilatados, fixos em mim com uma intensidade que queimava.
— Eu não estava com sono — ela respondeu. A voz dela era calma, mas tinha um tom rouco que me disse que ela estava tão afetada quanto eu.
Dei um passo à frente, e depois parei. Eu não podia chegar perto. Se eu chegasse perto, acabou.
— Onde você achou isso? — gesticulei vagamente para a lingerie, tentando soar desaprovador e falhando miseravelmente. Como poderia fingir desaprovação se meu pau e eu estámos no