ETHAN PETTERSON
Ah... aquelas três palavras irrevogáveis.
“Eu te amo.”
Não planejei dizer isso. Planejei foder minha esposa, saciar a loucura que estava consumindo meu cérebro o dia todo, e depois segurá-la até que o sono a levasse.
Mas o orgasmo dela, a forma como ela gritou meu nome, a maneira como ela se agarrou a mim... isso destruiu minhas defesas. A verdade, aquela verdade inconveniente e aterrorizante que eu guardava a sete chaves, vazou pelos meus lábios junto com o meu próprio prazer.
Eu olhei para ela. Cristina estava com os olhos abertos, o peito subindo e descendo rapidamente, o rosto corado e os lábios inchados. Ela me encarava com uma expressão de puro choque.
Merda. Eu tinha ido longe demais.
Não devia sobrecarregá-la. Nem assustá-la. Dizer "eu te amo" para uma mulher que, na cabeça dela, me conhece faz pouco tempo, era o cúmulo da pressão.
— Cris, eu... — tentei encontrar uma maneira de retirar o que disse, ou pelo menos suavizar o impacto. — Não queria te pressionar.