ETHAN PETTERSON
O ar condicionado da sala de reuniões da Petterson construtora estava programado para uma temperatura polar, mas eu estava suando.
Não era nervosismo pelos negócios. Os gráficos projetados na tela de vidro à minha frente mostravam lucros ascendentes, aquisições bem-sucedidas e o mercado reagindo favoravelmente à nossa estabilidade, apesar do escândalo dos Ross semanas atrás. Eu poderia estar perdendo milhões que não me importaria.
O meu problema estava localizado abaixo do meu cinto e entre as minhas orelhas.
Três horas. Eu estava naquela sala há três malditas horas, ouvindo diretores falarem sobre expansão na Ásia, e a única coisa em que eu conseguia pensar era na imagem da minha esposa, com a cabeça jogada para trás no travesseiro, gritando meu nome enquanto eu a levava ao limite.
A memória do sabor dela estava tatuada na minha língua. A visão dela, nua da cintura para baixo, com a barriga arredondada abrigando meu filho, aberta e entregue a mim... aquilo era uma tor