CRISTINA SANTIAGO
Miranda me largou, seu rosto em pânico puro.
— Que porra o Vicente está aprontando agora?!
Ela correu para a porta.
— Miranda, espere! — gritei, levantando-me da cama. — Eu aceito! Você disse que me ajudaria! Então me deixe sair! Vamos sair juntas!
Ela abriu a porta, olhou para os dois lados do corredor e então olhou de volta para mim.
— Você fica aqui. — ela rosnou.
Miranda saiu e bateu a porta. Ouvi o som metálico da chave girando na fechadura. Ela me trancou.
— MIRANDA! — Gritei, batendo na porta de madeira. — SUA VACA TRAIDORA! ME TIRE DAQUI!
Eu estava presa. De novo. O som dos tiros parecia estar se movendo, talvez vindo de um andar abaixo. Eu podia ouvir gritos confusos, ordens sendo dadas. O cheiro fraco de fumaça começou a se infiltrar por baixo da porta.
Meu pânico aumentou. Eu preciso sair.
Corri pelo quarto, procurando desesperadamente por outra saída. Tentei a porta do armário, esperando um daqueles dutos de ventilação ridículos de filmes. Nada. Apenas v