A chuva havia diminuído, mas o céu permanecia pesado, uma manta cinzenta estendida sobre o Texas. O vento ainda soprava, carregando o cheiro de terra molhada e folhas esmagadas. A noite avançava rápido, engolindo o que restava da claridade, e o terreno estava traiçoeiro — lama escorregadia, poças que pareciam sem fundo, galhos caídos como ossos quebrados no caminho. A cidade inteira parecia ter se recolhido, segurando a respiração enquanto a tempestade se dissipava.
Clara apertava as rédeas com força, os dedos dormentes de tanto tensionar o couro. Seu corpo oscilava desajeitado no lombo da égua marrom, Bella, que parecia notar sua inexperiência e, por piedade ou teimosia, mantinha um passo estável. Ela não era uma amazona natural — tinha começado a aprender a montar só nas últimas semanas, por necessidade, e cada solavanco a fazia sentir-se mais próxima de cair. Mas o medo de perder Katiany era maior que o desconforto.
— Acha que eles podem ter seguido pela tril