Na manhã seguinte à aventura de Tyler e Katiany, a fazenda parecia suspensa em silêncio. As nuvens ainda pairavam baixas, e o chão ainda úmido contava histórias da tempestade da noite anterior. O cheiro de terra molhada misturava-se ao de feno e madeira envelhecida. Na propriedade, Noah verificava as cercas danificadas e contabilizava os prejuízos. Coçava a cabeça preocupado, já não bastavam as dívidas acumuladas, mais esses prejuízos. Para não acumular mais credores, teria que vender seu melhor cavalo manga-larga. Ou era venda ou era mais obrigações financeiras. Bateu mais forte a marreta no tronco, chamando a atenção de Clara, que examinava a pata de uma égua.
Na cerca ao lado do estábulo, Tyler e Katiany estavam sentados, balançando as pernas no ritmo tranquilo da manhã. Observavam à distância os movimentos de Clara e Noah, imersos nas tarefas do dia. Katiany soltou uma risada leve, abafada, como quem tenta conter a alegria — era uma piada boba, provavelmente, mas f