Os dias estavam passando tão rápido que eu mal percebia. E não, não era produtividade, era desespero interno mesmo. Leon tinha arranjado um jeitinho — bem sutil, pra não dizer nada sutil — de se infiltrar na minha rotina. Nem que fosse por um simples “bom dia” por e-mail, ele sempre dava um jeito de me lembrar que existia… e que estava no centro da minha cabeça, morando de aluguel e sem nenhuma intenção de sair.
O problema? Minha mente parecia um maldito museu de memórias dele. Aquela primeira noite, quando éramos só dois estranhos com química suficiente pra acender Nova York inteira… A proposta insana — e perigosamente tentadora — que ele me fez no almoço… O cheiro do blazer dele que, honestamente, já merecia pagar IPTU pelo espaço que ocupava no meu cérebro.E enquanto eu, inocente (ou iludida), achava que estava disfarçando bem, Louis — que aparentemente tirou um diploma em leitura avançada de gente iludida — decide abrir a boca.— Tá, St