Capítulo 30 – Ecos da Verdade
A fita cassete repousava sobre a mesa de metal da oficina como se fosse uma bomba-relógio. Cada segundo de silêncio entre eles parecia um estilhaço prestes a explodir. Isabela passava os dedos trêmulos pelo rótulo marcado pela fênix dourada, enquanto Lucas observava o movimento em silêncio.
O som distante da chuva batendo no telhado enferrujado se misturava ao farfalhar de um rádio velho, esquecido em algum canto, transmitindo apenas chiados.
— Você acredita nisso? — a voz de Isabela saiu baixa, quase um sussurro, mas carregada de incredulidade. — Acha mesmo que minha mãe... que ela seria capaz de...
Ela não conseguiu completar a frase. O ar parecia preso em sua garganta.
Lucas se aproximou, hesitante. Ele também não queria acreditar, mas a dúvida já plantara raízes.
— Eu não sei — respondeu, finalmente. — Mas, se for verdade, muda tudo.
Isabela se levantou de repente, as cadeiras rangendo no chão. Ela começou a andar em círculos, o rosto contraído pela r