O sorriso de Marta ainda brilha em seu rosto por uma fração de segundo, mas se desfaz assim que seus olhos encontram os de Jonathan. O ar entre eles parece mudar, carregado de algo que nenhum dos dois consegue definir. Marta engole em seco, a respiração descompassada, sem saber ao certo por que sente um aperto no peito, mas ela demonstra medo e dá dois passos para trás.
Eduardo assiste à cena como um espectador privilegiado de um jogo perigoso prestes a começar.
O clima fica tenso, quase palpável. Jonathan observa Marta de relance enquanto ela termina de organizar a sala, mas ela evita o seu olhar, concentrando-se no que fazia. Eduardo, percebendo a tensão no ar, decide aliviar a situação.
— Tem sopa. — Ele diz, casualmente.
— Feita por ninguém menos que nossa talentosa chef Marta.
Jonathan, sem muita escolha e sem querer prolongar o desconforto, apenas assente. Marta suspira, ainda sentindo um peso no peito, mas se levanta para pôr a mesa.
Após deixar a mesa impecável, ajeita uma m