O céu ainda está pintado em tons azulados quando Jonathan já está desperto, vestindo uma camisa clara e os pensamentos cheios de imagens da noite anterior. Ele caminha descalço até o berço da filha. Lua dorme com o rosto sereno, o peito subindo e descendo devagar sob o cobertor leve. Jonathan se senta na beirada da cama e observa a menina com os olhos marejados de um carinho que não sabe como conter. Ali, naquele instante, o mundo poderia parar e estaria tudo bem.
— Papai tá aqui, meu amor — sussurra, acariciando os cabelos dela com delicadeza.
Na cozinha, Marta já movimenta a casa. A chaleira apita, o aroma de café se espalha pelo ambiente, e o som da frigideira anuncia ovos sendo mexidos com manteiga. Ela ajeita a mesa como faz todos os dias, mas há algo mais leve em seu semblante hoje, talvez o alívio de ver Lua bem, talvez a presença constante de Jonathan.
Logo o som do portão se abre. Eduardo entra apressado, carregando a expressão habitual de quem não nasceu para suportar o trân