A paz que envolve a casa de Vivian Moretti, em um dos bairros mais arborizados da zona sul do Rio de Janeiro, não é apenas uma sensação, é quase um abraço permanente. O aroma fresco se mistura ao de bolo recém saído do forno, a brisa suave acaricia as cortinas abertas e, ao fundo, o som doce e sincero dos balbucios de um bebê preenche cada canto como uma melodia improvisada de amor. Naquela casa, o silêncio é cheio de significado. Ali, o amor não tem nome de sangue, tem nome de escolha, coragem e redenção.
Alan Moretti observa a cena da varanda com um olhar que já não sabe conter a emoção. É como se cada pequeno gesto de Vivian acendesse nele uma esperança nova, uma certeza antiga que ele nunca teve antes. Vivian está sentada no sofá, com o bebê nos braços, e o embala com um carinho quase sagrado. Ela canta baixinho, desafinada, mas com uma doçura tão genuína que Alan sente o coração estremecer. A criança dorme tranquila, aninhada entre os braços dela como se tivesse voltado ao ventre