O silêncio pesa na sala como uma lâmina suspensa. Don David Lambertini entra, o sobretudo ainda úmido da chuva, e nos olhos o peso de quem carrega más notícias, e algo mais. Ele não fala nada no início, apenas caminha até Jonathan, deixando sobre a mesa um envelope dobrado com a precisão de um bisturi.
— Achei isso ao lado do corpo de Alan, diz com voz baixa e controlada.
— Acho que é melhor você ler.
Jonathan encara o envelope como se pudesse queimar só de tocar. Ao lado, Jeff brinca inocente com Lua, sob supervisão de Lizandra , balbuciando sons doces, alheio ao peso das palavras que ainda não conhece. Vivian, sentada num canto, aperta os dedos com força, como se já soubesse