A manhã começa estranha na sede do Grupo Schneider, em São Paulo. Há algo diferente no ar, um silêncio fora do comum, olhares trocados com pesar e cochichos abafados pela movimentação dos corredores. Na recepção principal, a televisão ligada em um dos canais de notícias exibe uma imagem conhecida por todos: Marta Maia.
— É ela… não é? — murmura uma recepcionista, com a voz trêmula.
— Parece que foi atropelada… e grávida — responde outra, em choque.
— Mas ninguém sabia… ninguém.
As notícias se espalham feito incêndio em mato seco. O desaparecimento de um recém nascido em um hospital do interior do estado de São Paulo domina os noticiários da manhã. Os repórteres falam de forma urgente, sem filtros, buscando qualquer detalhe que prenda a atenção do público. E conseguem.
"Grávida sofre atropelamento e entra em coma no interior do estado. Após cesárea de emergência, bebê desaparece de hospital durante pane no sistema de segurança."
Jonathan chega à empresa acompanhado de Eduardo. Ambos ca