A madrugada desponta fria, envolta por um nevoeiro ralo que dança sobre as pastagens da fazenda de Darlene. O silêncio só é quebrado pelo som agudo e contínuo dos grilos e o barulho ritmado dos passos de Eduardo sobre o piso da varanda. Ele ajusta o tablet preso à lateral do case de controle do drone e olha para o céu escuro como breu. Ao lado dele, Darlene finaliza a checagem de bateria e sensores.
— Tudo pronto. Só esperar Ravi confirmar o link — diz ela, focada, os olhos firmes apesar do cansaço.
A tela do tablet pisca. Uma mensagem curta aparece:
"Conectado. Pode lançar. Rastreando em tempo real."
Era Ravi, diretamente do escritório improvisado no sítio dos Maia, onde acompanha tudo em tempo real.
— Está com a câmera térmica ativada? — pergunta Eduardo, já ativando os controles do primeiro drone.
— Está. Qualquer foco de calor acima de trinta graus, ele marca. A câmera convencional também está acoplada, para caso algo apareça fora do espectro.
— Boa. Vamos começar pelo trecho d