Jonathan nunca sentiu nada assim antes. A irritação em seu peito não é só desconforto, é um incômodo corrosivo que o faz cerrar os punhos sobre a mesa. Marta está em casa, ele sabe disso. Mas o que o enfurece é a maneira como ela se move com naturalidade, como se ele fosse insignificante. O desprezo dela pesa mais que qualquer insulto, e Jonathan não consegue entender como ela assumiu esse poder sobre ele sem que ele percebesse.
Ele está no grupo Schneider, mas a sua mente está em casa, junto a mulher que está acabando com a sua sanidade mental.
Eduardo, encostado na parede da sala da presidência, observa tudo com um meio sorriso. Jonathan estreita os olhos para ele.
— Você sabia onde ela estava, não sabia? — Jonathan pergunta, a voz carregada de acusação.
Eduardo cruza os braços, sem pressa.
— Sabia. Mas não vou trair a confiança dela. Assim como nunca trairia a sua.
Jonathan estuda o amigo por um momento. Eduardo é leal, isso ele não pode negar. Um raro senso de respeito cresce dent