O elevador espelha a tensão no rosto de Islanne enquanto sobe em silêncio até o último andar. Cada andar que se apaga no visor digital é como um passo rumo ao centro da tempestade. Ela não volta como vítima. Volta como jogadora. E dessa vez, com um trunfo chamado Gabriel.
Ao cruzar os corredores do Grupo Schneider, o salto dos seus sapatos ecoa como uma ameaça, ou um anúncio.
No setor de TI, dois jovens se entreolham ao vê-la passar com a postura firme e o olhar engatilhado. Um deles, sem hesitar, pega o telefone.
— Ela chegou — diz com a voz baixa. — Tá subindo para a presidência.
No estacionamento, Ravi ouve a notícia com um gosto amargo na garganta. Ele fecha o celular, os olhos faiscando. Islanne voltando assim? Sem avisar? Depois do que aconteceu?
— Vamos — diz, curto, para Dante. — Você vai com seu carro. Eu vou com o dela.
Ravi alcança o veículo de Islanne com facilidade. Não é a primeira vez que precisa lidar com imprudências dela. Nem a primeira vez que o medo se mistura à ra