A noite está densa, carregada de um silêncio inquietante que parece vibrar sob a pele de Jonathan. As luzes da boate ainda piscam em sua mente, ecos de uma diversão vazia que já perdeu o sentido. Ele sai sem que os amigos percebam, cada passo firme, decidido, como se algo o puxasse para um destino inevitável. Seu corpo pulsa com adrenalina, mas sua mente? Sua mente está em Marta. Sempre nela.
O caminho até a mansão é um borrão. Ele só percebe que chegou quando a porta se fecha atrás de si, cortando a escuridão lá fora. E então a vê. Ali, adormecida no sofá, a respiração calma, os lábios entreabertos. O baby doll fino desenha sua silhueta, revelando mais do que esconde. A alça escorregada expõe o ombro delicado e o sei0 arrebitado, a barra levantada deixa a pele macia brilhar sob a luz amarelada da luminária. Jonathan sente um nó no estômago. O desejo é brutal, primitivo, mas há algo mais: uma necessidade crua de possuí-la, de marcar seu território de uma vez por todas.
Sem pensar, ele