Eduardo desperta com o primeiro raio de sol atravessando as frestas da cortina. Seu corpo se move com a naturalidade de quem está sempre pronto para a próxima batalha, mas, dessa vez, o campo de guerra é outro. Toma um banho rápido, veste a calça e a camisa, ajeita os cabelos ainda úmidos e segue para a sala. O cheiro de café fresco e pão quente o atinge antes mesmo de virar o corredor. Ao chegar, a cena o pega de surpresa, uma mesa impecavelmente posta, frutas cortadas com precisão, suco fresco e tudo meticulosamente organizado.
— Bom dia, Eduardo! — Marta sorri, animada, servindo-se de café.
Ele senta-se, pega um pedaço de mamão e um pão ainda quente, observando-a com um olhar misto de surpresa e gratidão.
— Marta, aprecio sua companhia, de verdade. Mas você não precisa fazer tudo isso por mim.
Ela cruza os braços, fitando-o com um brilho desafiador no olhar.
— Você não disse que seria um irmão para mim? Pois bem, eu e a minha mãe sempre cuidamos do meu pai e do meu irmão assim. E g