Ardência e Perdão

O sol ainda nem roça os telhados da cidade quando o desejo contido, remendado, negado por tempo demais, explode como brasa viva sob a falsa aparência de cinzas. Na mansão silenciosa de Islanne, o mundo permanece imóvel. Mas ali, naquele quarto escondido dos julgamentos, duas almas acordam despidas de orgulho, envoltas por algo mais denso do que arrependimento, amor, talvez ou um tipo de redenção que queima, que purifica, que assusta.

Ravi a observa como se fosse a primeira vez. Ela dorme com os cabelos espalhados no travesseiro, os lábios entreabertos, a respiração ainda leve de quem descansou depois da tormenta. Pela primeira vez, ele enxerga além da força, além do escudo. Vê a mulher inteira e vê o que a fraqueza dela carrega de mais belo. Uma entrega silenciosa que jamais pediu aplausos.

Islanne desperta aos poucos, os cílios tremulando até encontrar os olhos dele, já acordados e fixos nela. Nenhum dos dois diz uma só palavra, porque o silêncio se tornou cúmplice, cúmplice das ver
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