A noite cai como um manto espesso e opressor sobre a cidade. As luzes dos prédios brilham frias, indiferentes, como olhos de um Deus que observa, mas não intervém. Dentro da casa de Islanne, o silêncio não existe, há expectativa, há tensão, há o prenúncio de algo irreversível.
Islanne chega depois de um dia exaustivo, onde enfrentou conselhos administrativos, reuniões infindáveis, planilhas impiedosas e decisões que só ela poderia tomar. Forte como sempre, inabalável, vestindo a máscara da mulher poderosa, aquela que todos veem e admiram, mas que poucos sabem o preço que ela paga para sustentá-la.
Mas agora… agora ela atravessa a porta de casa e se desfaz da armadura. Ali, não é a executiva, não é a herdeira de um império, não é a filha que carrega o nome da família. Ali, é apenas uma mulher. Apenas Islanne. E quer ser desejada, amada, devorada. Quer ser possuída até não sobrar nada daquela fortaleza que exibe ao mundo.
Enquanto caminha pelo corredor, seus passos descalços são quase s