Capítulo 6 – A Prainha e o Jogo Silencioso
Ele entrou no carro e seguimos para a prainha. Tocava Billionaire, do Bruno Mars, e a gente cantava em voz alta. A música estava sendo como um esquenta. Seguíamos animados e carregados de um tesão não falado.
A prainha era um lugar lindo, cheio de palmeiras, e quando a água se encontrava com a lua, virava um espelho. Gabriel estacionou a caminhonete em frente à água, e o cenário parecia perfeito para um fim de date.
Ele pegou uma toalha que estava na bolsa da academia para forrar a carroceria da caminhonete e deixar mais agradável para sentarmos. O cenário era de filme: lua, água, carroceria.
Sentamos um em frente ao outro para continuar a troca. Na sacola de bebidas, percebi que eram todas alcoólicas. O balconista havia se confundido e colocado as bebidas de outros consumidores. Gargalhadas altas — e aceitamos que o universo queria que aproveitássemos aquele momento. Caso fosse preciso, resolveríamos ir embora de Uber.
Nosso clima era de des