Fernanda
Eu estava ali, de joelhos sobre o sofá de couro, as mãos apoiadas no encosto, sentindo o calor do meu corpo pulsar em cada extremidade. O cheiro de couro misturado ao perfume amadeirado dele me deixava ainda mais fora de mim. O ar no escritório parecia mais denso, mais pesado — como se tudo ali soubesse que estávamos cruzando uma linha da qual eu talvez não quisesse voltar.
Guilherme estava atrás de mim, as mãos firmes em minha cintura, como se quisesse me lembrar que, naquele momento, eu era só dele. O calor do seu toque queimava minha pele, e cada movimento dele fazia meu corpo reagir como se tivesse vida própria. Eu já não raciocinava direito — era desejo bruto, impaciente, urgente.
Ele colava o corpo no meu, firme, dominador, e o som abafado da nossa respiração se misturava aos pequenos estalos do sofá, criando uma trilha sonora particular e indecente. Quando senti seus dedos subirem pelas minhas costas nuas, um arrepio violento percorreu minha espinha. Eu arqueei o corpo