O celular caiu sobre a mesa com um baque seco, ecoando no silêncio da sala vazia. A mensagem curta, fria e direta brilhava na tela como um insulto:
Fernanda:
"Não vou mais. Não me procure novamente."
Um sorriso ácido se formou lentamente em meus lábios, carregado de ironia e desprezo. A luz suave das velas refletia-se na mesa de vidro, dançando em meu rosto e revelando o brilho frio em meus olhos claros. Eu não suportava negativas, muito menos quando vinham acompanhadas de tamanha insolência.
— Então você acha que pode simplesmente dizer não e virar as costas, minha querida Fernanda? — murmurei com uma frieza cortante, pegando uma taça de vinho e tomando um gole devagar, sentindo o sabor encorpado e levemente ácido descer pela garganta. — Você vai descobrir da pior forma que ninguém me rejeita.
Levantei-me da cadeira e caminhei até a janela, observando o brilho distante das luzes do Rio, uma cidade de promessas fáceis e gente descartável. Fernanda havia sido escolhida a dedo, era a p