capítulo 67

📓 Narrado por Clara — Segunda-feira, 06h40

Acordei com o despertador vibrando insistente na mesa de cabeceira. O corpo ainda doía em pontos específicos marcas silenciosas que lembravam tanto a doença quanto a noite que eu não deveria ter vivido.

Rolei devagar na cama, sentando-me na beirada. A primeira coisa que fiz foi abrir a gaveta da cômoda: caixas alinhadas, comprimidos separados. Engoli a prednisona com um gole de água já morna do copo esquecido ali, depois a azatioprina. O ritual já fazia parte de mim, quase automático.

Caminhei até o espelho grande encostado na parede. O reflexo mostrava bolhas secas, agora bem menores, algumas quase invisíveis. A troca de curativos do hospital tinha funcionado. O toque da Dra. Helena e da enfermeira Rafa ainda ecoava em mim leve, metódico, sem espetáculo.

Levantei devagar a barra da camiseta de algodão que usava pra dormir. No joelho, onde o atrito da mão dele havia pesado, as lesões estavam cobertas pela película protetora. No tórax,
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