📓 Narrado por Clara — Noite de sábado
Eu não sei como conseguimos chegar até a porta do chalé. Cada passo era uma batalha entre o impulso dele e minha resistência silenciosa. Miguel me mantinha prensada contra o próprio corpo, os beijos dele roubando o ar dos meus pulmões, as mãos percorrendo meu corpo com uma pressa faminta.
Quando ele girou a chave e empurrou a porta, mal tivemos tempo de ver o interior. Entramos ainda colados, a boca dele devorando a minha, a língua exigente, me deixando atordoada. O som da chuva ficou do lado de fora, mas a tempestade parecia ter entrado junto conosco só que agora era dentro de mim.
O calor do ambiente me envolveu, mas o corpo gelado pela chuva só fez aumentar o choque quando senti a palma dele deslizar pela lateral do meu vestido. Miguel não esperava permissão, nunca esperava. Ele mandava, avançava, tomava.
Até que seus dedos agarraram a barra molhada do vestido e puxaram, como se fosse arrancar de uma vez.
Travei.
Meu corpo inteiro enrij