Luiz Fernando Narrando
Eu tava no carro, parado na frente da academia, com o ar-condicionado no máximo e a cabeça fervendo. As últimas semanas tinham sido um caos. Sophie andava misteriosa, mandando mensagem a qualquer hora, sumindo de repente. E eu sabia — sabia que tinha alguma coisa a ver com a Priscila. Aquela mulher ainda mexia comigo de um jeito que eu odiava admitir.
Mas hoje… hoje eu tava com raiva. Uma raiva que eu não sentia há muito tempo. Sophie me mandou print da tal mensagem anônima que ela mandou pra Priscila. Um joguinho sujo, típico dela. E sabe o que é pior? Eu curti. Curti ver a Priscila sendo desestabilizada. Curti saber que talvez ela estivesse se perguntando quem tava por trás daquilo.
Talvez porque, no fundo, eu ainda queria ver ela sozinha. Não com aquele tal de Everton. Eu conheço o tipo. Sorriem bonito, falam manso, mas no fundo são todos iguais. E a Priscila, por mais forte que pareça, sempre teve um lado vulnerável. Um lado que eu conheço bem demais.
Olhei