Sophie Narrando
Eu queria quebrar tudo. Gritar, espernear, sumir com aquela mulher da vida do Everton. Como é que ela ainda conseguia estar ali, firme, como se nada nem ninguém pudesse derrubá-la? E o pior… era ver o olhar dele. A forma como ele olhava pra ela… eu já tinha visto aquele olhar antes. Só que era pra mim.
E agora?
Agora era como se eu nunca tivesse existido. Como se tudo o que a gente viveu tivesse sido apagado. E por quem? Pela santa Priscila. Aquela sonsa, aquela mulher que finge fragilidade mas manipula todo mundo ao redor. Inclusive a mãe. Inclusive o próprio filho. Eu vejo através dela, mesmo que ninguém mais veja. Me olhei no espelho e me forcei a manter a postura. Nada de desmoronar. Nada de chorar. Eu ainda tenho cartas na manga. E se ela pensa que venceu, está muito enganada. Porque eu sou Sophie Valmont. E ninguém me passa a perna sem pagar caro por isso.
Peguei o celular, respirei fundo e mandei uma mensagem pro Luiz Fernando:
— Temos que agir logo. A hora é a